SINAL DOS TEMPOS
Cada vez que ligamos o computador embarcamos numa viagem sem
volta. Uma sucessão de avisos, editoriais, conselhos, bobagens, mentiras e
verdades atordoam nossa cabeça de tal forma que não dá tempo nem de beber água.
É preciso ser antes de tudo um forte para não se deixar levar por uma sequência
interminável de fatos e fakes.
Já pensamos na mais viável e simples solução de não ligar os
aparelhos eletrônicos, fazer de conta que não temos nenhum, sentar no banco da
praça como antigamente, dar uma volta no quarteirão ou entrar numa igreja. Meu
Deus! Não entramos numa igreja desde os tempos em que os capuchinhos chamavam para
rezar contra a ditadura militar. Outra hipótese é nos velórios, cada vez mais
frequentes à medida que envelhecemos.
É verdade que já fomos à antiga catedral de N. S. Aparecida,
senão por religiosidade, pelo menos por curiosidade. Fomos também à nova catedral,
acompanhando uma irmã que vai todo ano.
Como turista eventual estivemos também na Notre Dame, na
Catedral de São Patrício, na Catedral de Toledo e até no Vaticano, além da
imperdível obra da Sagrada Família, de Gaudi, em Barcelona, que fotografei.
Pode-se desconfiar da frequência com que a religiosidade vem
batendo a nossa porta ultimamente. Algum sinal? Espero que não.
Assim fosse não estaríamos atentos aos “life” de toda ordem.
Podemos selecionar os que desejamos curtir. Vimos e ouvimos preferencialmente
os “Ô de casa” de Mônica Salmaso, que nos brinda diariamente com saborosas
apresentações de grandes nomes da nossa música. Trata-se de uma combinação das
melhores canções, interpretadas pelos melhores instrumentistas e cantores. Algo
assim que nos faz esquecer a tristeza de tempos políticos tão ingratos, para
dizer o mínimo.
Afinal, ouvir Mônica Salmaso não deixa de ser religiosidade
sublimada em acordes.
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