O CARNAVAL DE PERNAMBUCO
O Carnaval de Pernambuco ainda faz
jus ao título de melhor do mundo? Para os pernambucanos, sim, mas para os
brasileiros de outros Estados, nem tanto.
É verdade que tem o frevo,
considerado patrimônio imaterial da humanidade, mais o maracatu, o côco e
outras manifestações rítmicas típicas da região. É verdade que o povo ocupa as
ruas sem distinção de qualquer gênero. Uns bebem batida de maracujá, outros
pinga, outros uísque, e há quem prefira cerveja sem álcool, devido aos impedimentos
de saúde. A regra porém é beber e cair no passo.
Os melhores cantores, as melhores
orquestras, os melhores grupos folclóricos cantam em mais de 50 palcos montados
em Olinda e Recife. Todo mundo irradia felicidade.
O que mais impressiona
nesses dias é a alegria contagiante das pessoas. Não há praticamente uma rua
que não disponha de um bar, uma barraca na calçada, uma kombi adaptada com os
mais diversos tipos de aperitivo e tira-gosto, com um cardápio nordestino –
linguiça, miúdos, jabá, macaxeira, salsicha, frango assado, frutas, etc. - a
mais variada e às vezes indigesta oferta gastronômica. Tanto as comidas como as bebidas quase nunca são
da melhor qualidade. Se o folião não tem dinheiro, não seja por isso. Há sempre
um folião solidário. Sem beber ninguém fica.
Neste Carnaval, por motivos
econômicos, o Recife foi obrigado a encher os diversos palcos com artistas
locais: Lenine, Alceu Valença, Lula Queiroga, Getúlio Cavalcanti, Claudionor
Germano e seu filho, Antônio Nóbrega, entre outros, muitos outros.
Silvério Pessoa, como
sempre, foi dos melhores e teve a gentileza de acolher a excelente Flaíra
Ferro.
O palco do Marco Zero contou
também com os encantos de Luiza Possi e Elba Ramalho, já tradicionais no carnaval
pernambucano. A paraibana Elba é de casa e alguns de seus sucessos, como “Banho
de Cheiro”, são do pernambucano Carlos Fernando.
O homenageado do ano foi o
Maestro Forró, regente amalucado da Orquestra Bomba do Hemetério, que em meados
do ano passado passou três meses na Europa exibindo sua excelente performance. Na
abertura, ele regeu a orquestra e tocou trompete voando sobre o público em uma
tirolesa.
Na terça-feira ingrata um
conjunto de 200 músicos saiu pelas ruas arrastando a multidão. Trata-se de
iniciativa que se repete pelo 9º ano, por iniciativa do maestro Spok, homenageado
no ano passado. Afinal, a Spok Orquestra de Frevo figura entre os melhores
conjuntos do gênero.
A melhor sinfônica do
mundo não toca frevo tão bem como a de Spok. O melhor Carnaval do mundo
continua sendo o de Pernambuco, particularmente o de Olinda e Recife.
Meu amigo, publique essas belezuras no face. Seus conterrâneos certamente iriam amar.
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