UM SONETO POR DIA
SEM FIM NEM MORTE
Já pensei que perdi a esperança
de fazer tudo o que imaginei:
Tirar os pés do chão e correr mundo
até chegar bem longe - onde não sei.
Talvez tenha vontade de fugir,
talvez queira correr na São Silvestre,
ou como vaca apenas, só, mugir,
diante dos mais vis golpes de mestre.
É que o mundo está ponta-cabeça,
o país está quase submerso
e cada um entregue à sua sorte.
Não há caminhos que se apareça,
não adianta a missa, nem o terço,
também não se deseja o fim, nem morte.
SP 25/11/2019
Comentários
Postar um comentário