50 TONS, DEPOIS DO CARNAVAL
Terminado o Carnaval, centenas de cinemas de todo o país
apresentam o filme 50 Tons de Cinza,
precedido de impressionante marketing. Após ler o livro (dois anos atrás) e
assistir ao filme (ontem) leio as manifestações de Von Sosthen em sua página do
Facebook e custo a “digerir” tanto sociologuês por trás de tanta sacanagem.
Fico imaginando o papo entre comadres com cadeiras nas calçadas. Ainda existe? Um
papo e tanto. Os entrevistados acharam o filme açucarado, em relação ao livro. Pornô
elegante, atriz lindíssima... Como se nada mais houvesse para discutir ou comentar.
Uma das poucas
vantagens de ficar em casa é ver os folguedos de forma mais abrangente pela
televisão. Outra vantagem é dispor do controle remoto e alternar com a
internet. Este ano, a novidade foi a TV Cultura, transmitindo ao vivo
apresentações do Marco Zero de Pernambuco, mostrando que nem só de baianos e de
cariocas vivem os folguedos. O Brasil viu e ouviu grandes orquestras populares
tocando o autêntico frevo.
Paulistanos descobrem que é mais cômodo e mais barato
brincar nas ruas. Invadem um bairro tranquilo, chamado Vila Madalena, entre
Pinheiros e Sumaré, e transformam suas ruas em passarelas, bar, mictório, etc.
Vários blocos se misturam, para alegria da juventude e dos restaurantes da
região. Os moradores que se lixem. A prefeitura decide limitar o número de
foliões e promete revistar todos os que se aproximam do quadrilátero liberal e
libertino.
Alguns reclamam e
alimentam polêmica em torno da escola de samba financiada por uma ditadura,
ignorando que os desfiles do sambódromo carioca sempre foram sustentados pelo
jogo do bicho. Hipocrisia. O pessoal
avisa que a corrupção na Petrobrás antecede o Governo do PT. Como se dizia antigamente,
papel em branco aceita tudo. Microfone também. Viva a liberdade.
O Carnaval acabou. Inicia-se, finalmente, o ano novo. Como
diria o amigo Raimundo Carrero, sempre que lança novo livro, aguardo ansioso o
lançamento de meu novo livro de crônicas, Memórias
Escrachadas, editado pela CEPE. Será dia 18 de março no Museu do Estado de Pernambuco.
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