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TAIGUARA, POR FLAVIO TINÉ

 TAIGUARA,  O CANCIONEIRO DA ESPERANÇA                                  COMO SURGIU O ÍDOLO Quando subia ao palco do Maracanãzinho para cantar nos festivais nas décadas de 60 e 70 ele estava seguro de seu sucesso e contava com a projeção proporcionada pela TV Globo para consolidar uma carreira que começara dez anos antes, a partir de um show realizado no Teatro Paramount em São Paulo, com Toquinho, Chico Buarque e Silvinha Telles, entre outros. O show fora produzido por Walter Silva, o Picapau, e contara com os conjuntos de Roberto Menescal e Oscar Castro Neves. Tinha um nome pomposo - “Mens sana in corpore samba”, e integrava uma campanha pró Casas André Luiz.  Antes de se dedicar com grande disposição aos festivais, Taiguara se mudara do Rio para São Paulo e se matriculara na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, ao mesmo tempo em que frequentava os “templos” da bossa-nova da rua Marquês de Itu, proximidades do Mackenzie. Ainda não era sua vez. Sua vez chegou no dia 27 de

VIZINHANÇA

    VIZINHANÇA   Moro num condomínio onde os prédios são tão próximos uns dos outros que a gente vê quem chega e quem sai e ouve choro de nenén, latido de cachorro, miado de gato e até o som da TV dos outros apartamentos. Uma vantagem para quem mora sozinho, que pelo menos se sente vivo, ou uma desvantagem quando se observa e se ouve o que dizem.   Fica difícil escapar de comentários tipo já vai gastar dinheiro, acordou cedo hoje, onde vai tão bem vestido, que belo dia, etc. Algumas vezes dá vontade de mandar para “aquele lugar”. Já contei e repito o caso de um dos meus chefes na Última Hora Nordeste que, diante de meu cordial “bom dia”, respondia irônico: “bom dia por quê?” e acrescentava: “vamos ao trabalho”. Era Múcio Borges da Fonseca, de saudosa memória, que além de trabalhar no Recife militou também na UH de São Paulo e na Realidade. No fundo, uma boa alma. Na maioria dos casos, no entanto, respondo com educação aos que me cumprimentam. Não vale a pena irritar-se co