DO CONTRA, ÀS VEZES


Há quem goste do Jornal Nacional e há quem o deteste.
Há quem goste do locutor que desbanca autoridades se não o atendem ao telefone, até o momento em que elas o atendem - a partir daí, só elogios.
Há quem goste de dar comida aos animais e de fotografá-los todos os dias para postar no Facebook. Nada contra, mas prefiro fotografar mini saias.

Expresso concordância com Ivan Lins, que em entrevista à CBN manifesta enorme raiva desse Governo mas se contém ao falar sobre o assunto,  preferindo guardar sua ira para outras temeridades. Não vale a pena gastar energias com explosões inúteis, segundo ele. Gastemo-las com melhores assuntos, como educação e elegância, por exemplo.

Não sei porque, aprendi cedo a conviver com inimigos. Se eles vêm fervendo, estou frio. Consigo sobreviver a insultos fingindo autismo. Aconteceu algumas vezes ao atender colegas jornalistas quando era assessor de imprensa de médicos. Não era fácil dar a volta por cima: era preciso dar tempo ao tempo.

E já que estou fazendo confissões, vou contar como me senti durante um curso de Inglês em Boston. Me senti um lixo. No meio de umas meninas mais inteligentes do que eu, recorria à mímica, uma vergonha. Não fui além do how are you. A saída foi recorrer aos brasileiros que andam por lá aos montes, uns 300 mil, todos clandestinos. Acho que há mais brasileiros em Massachusetts do que em Nova Iorque.

Por fim, devo admitir que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha,  causou boa impressão numa entrevista à rádio Bandeirantes. Seja lá qual for o seu partido, revelou clareza de raciocínio,  conhecimentos jurídicos e total desembaraço diante dos mais complexos questionamentos das "feras" do programa “Bandeirantes Gente”.
Numa hora dessas dá vontade de voltar à redação para colocar autoridades contra a parede com a lucidez de José Paulo de Andrade e o embasamento de Thaís Freitas. Sem nenhuma ira, como diria Ivan Lins.



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