UM SONETO POR DIA

IMPOTÊNCIA



Ah se eu pudesse voltar à infância
deitar no chão, ficar olhando o céu,
chupar pitomba como uma criança
cana caiana doce como mel.

Ah se eu pudesse me livrar da pança
que hoje deforma o sórdido perfil:
feliz eu poderia entrar na dança
comer carne vermelha e doces mil.

Ah se eu pudesse me livrar de tudo
que hoje vive a me incomodar,
ao ponto de deixar-me carrancudo!

Bastaria mudar esse Governo
e deixar livre o povo governar
sem rédeas que o tornam surdo e mudo.

SP 01/12/2019

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