ANO NOVO
A partir da meia-noite fiz o que todo mundo faz em todo mundo: olhei para o céu, vi os fogos de artifício ferindo nossos ouvidos e apavorando os cães. Mais ou menos como quando menino no Interior, com algumas diferenças. Por exemplo: não havia tanto barulho e as emissoras de rádio eram mais discretas, tocando preferencialmente música clássica. Após o momento solene da passagem do ano, com abraços e beijos entre amigos e familiares, os alto-falantes enchiam nossos ouvidos de Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Francisco Alves, Ângela Maria, Núbia Lafayete, Miltinho e demais chorões da época. Talvez não fosse assim nas grandes cidades, mas nas pequenas o que predominava era o som dos alto-falantes na praça da Matriz. Hoje em dia temos em nossas próprias mãos as imagens e o som das festas do mundo inteiro. Ao invés de conversarem, alguns dão preferência às mensagens eletrônicas. Mesmo dentro de casa, a família reunida, preferem comunicar-se com pessoas distantes, gr...

Comentários
Postar um comentário